sábado, 4 de outubro de 2008

Arandi Robson Martins Câmara
Carmela Carolina Alves de Carvalho
Cássia Santos
Edlena da Silva Pinheiro
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Kalina Naro Guimarães
Ligia Mychelle de Melo Silva
Mácio Alves de Medeiros
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falleiros
Massimo Pinna
Peterson Martins
Renan Marques Liparotti
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Aldinida Medeiros Souza
Antônio Medeiros

Um comentário:

Anônimo disse...

Cassia Santos 7-10-2008

comentários para as três postagens:

Comentário 1: Olá pessoal, estou gostando muito das leituras e querendo comentar. Quero fazer um lá do início sobre trecho que Marcos comentou, mas vou iniciar de frente para trás. Sobre o resumo de Arandi, me parece apenas que faltou algum termo quando quer dizer, na últimas linhas, "Por fim, o livro tenta estudar nas obras apenas o aspecto empenhado."; pelo meu entendimento, Candido afirma que está evitando estudar nas obras apenas o aspecto empenhado e também evitando incorrer no erro de tomar o nacionalismo crítico como critério.Vejam aí se faz sentido a minha observação.
Comentário 2: Retomando um pouco à leitura de Medeiros, mas muito ligada a esta parte, é muito interessante reler com atenção a distinção que Candido faz de Manifestações literárias e literatura, para aí delimitar seu campo de estudo e suas hipóteses de trabalho sobre o processo formativo. Estou falando isto para debater um pouco sobre a tese do "sequestro do Barroco" de Campos, quando afirma que Candido deixou de fora Gregório, se não estou equivocada. Acontece, que Candido deixa muito clara a sua delimitação, qual seja, ele está interessado nos momentos decisivos do processo formativo. Em algum momento ele afirma que "no período formativo inicial" (p.26, ed.2006), incluindo aí Anchieta, Antonio Vieira e Gregório. Ou seja, o crítico deixa tudo muito amarradinho, e me parece, salvo engano, que os contrários tomam apenas parte do texto sem levar em consideração a hipótese do autor. Bom, isso seria bom mesmo ao vivo, pois falar é sempre mais rápido que escrever, mas espero que vcs me entendam.
Comentário 3: Bem com relação ao comentário sobre o prefácio da 1ª ed. eu gostaria de transcrever algo que li em um artigo, pois toca em um trecho que acho muito interessante e que também uso como argumento para estudar a literatura escrita pelos autores locais há certo tempo. Trata-se do trecho em que Candido diz: "Comparadas às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca....." (p.11 ed.2006)e continua. Bem, em artigo intitulado: História da literatura: um gênero em crise, de Paulo Francheti, Unicamp, Revista Semear 7, lê-se o seguinte comentário sobre o trecho: "Hoje uma tal redação seria pouco provável, ou impossível. A idéia de um "nós" desmarcado de classe, gênero, etnia e extração cultural, cuja unidade repousa apenas no fato de ser um "nós" brasileiro, está justamente relegada ao esquecimento intelectual e só sobrevive no discurso demagógico. Qualquer pós-graduando afinado com o discurso pós-colonialista logo perguntaria "nós, quem?"; ou: por que devo supor que a literatura feita por ou para os senhores escravocratas ou os próceres do PRP paulista me exprime? Poderia perguntar ainda: em que se baseia a postulação de uma solidariedade prospectiva, que faz de todos "nós", além de descendentes, destinatários da ação dos "homens do passado"? Finalmente, sem dúvida poderia acrescentar: por que devo centrar a atenção e me esforçar para amar e compreender uma série literária que o próprio historiador descreve como pobre e fraca?"
Bem pessoal, é obvio que não faz sentido afirmar aquilo que Candido disse, hoje. Até porque ele se referia aos inícios mesmo. Mas vai aí essa opinião, mais para a gente ver como o texto de Candido cutuca toda gente. Um abraço. Cássia.