sábado, 8 de dezembro de 2018








Kalina Naro Guimarães





Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas






Kalina Naro Guimarães  [08-12-2018]

Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da      p. 236    – no visor p. PDF: p. 543  “[título] 4. Um contador de casos: Bernardo Guimarães"[...]
até  a p. 237   – no visor p. PDF: p. 544   [...] "carrasco da escrava Isaura."




Antonio Candido inicia o capítulo intitulado “Um contador  de casos: Bernardo Guimarães” recobrando a história sobre quando Couto de Magalhães, passando em Catalão, planejou hospedar-se na casa do juiz municipal, mas desistira ao perceber a desorganização doméstica do magistrado. O autor acrescenta que, se estivesse buscando por boemia e não por um lugar bem ordenado para descansar, o futuro presidente de Goiás certamente estaria bem instalado.  


Esse dado biográfico de Bernardo Guimarães, o então juiz de Catalão da cidade de Goiás, é inserido por Candido para realçar o caráter de “prosa de roça” que imprime, nos seus romances, um ritmo ditado ao sabor da experiência e da inspiração do lugar, apesar do tom bacharelesco que, em algumas passagens, tende a florear a narrativa.


Em seguida, Candido observa que o romancista Bernardo Guimarães se consolidou, ao passo que sua produção, como poeta, decaiu, inclusive em termos de qualidade estética: a partir de 1870, ele escreve praticamente todos os romances, à medida que não mais apresenta nenhum verso com valor literário considerável.


Ainda que situe algumas de suas narrativas em outros lugares do Brasil, a predileção do romancista recai no oeste de Minas e no sul de Goiás, onde se passam O ermitão do Muquém, O seminarista, O garimpeiro, entre outras obras.


Voltando, mais uma vez, ao plano biográfico, Candido lembra que, como juiz, Bernardo, certa vez, tirou da prisão alguns pobres presos, depois de um julgamento simulado. A crença de que, no fundo, os homens são bons reverbera no plano ficcional, pois alguns de seus vilões (Gonçalo, Bueno de Morais, Roberto, etc.) se redimem de algum modo ou morrem dignamente. A exceção é Leôncio, conhecido vilão do romance A escrava Isaura, cuja perversão e crueldade definem a personagem, de maneira absoluta do início ao fim da narrativa.

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