Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa [25-03-2017]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 153: [PDF p. 464] “Assim, ao lado das componentes de sarcasmo e
desvario, há nessa ”[...]
até a p. 155 : [PDF p. 466] [...] [2.
Conflito...Junqueira Freire] [...] “(“Vai”, “Temor, “O arranco da morte”).”
No trecho, Candido segue traçando um panorama da poesia romântica e
destaca aspectos como o sarcasmo, o desvario e a musicalidade superficial.
Sobre a última, o autor cita que foi a grande responsável pela divulgação da
obra desses poetas e segue apontando, sobretudo, as irregularidades provocadas
pela estilização musical, responsável pela banalização e pelo convencionalismo tão
censurados nos românticos.
Adiante, o autor cita a obra de Casimiro de Abreu, dando destaque a
sua razoável harmonia, e justifica tal aspecto pela falta de ambição, bem como
por situar-se o poeta já em um momento não tão sombrio, ao contrário de seus
predecessores.
Dentre os demais poetas,
Candido cita o maior de todos, Álvares de Azevedo, dando ênfase ao ponto de que,
no conjunto, afinal, todos apresentam obras demasiadamente inferiores à
problemática que apresentam.
Além disso, o autor traça um breve roteiro dos defeitos presentes nos
poetas românticos: a falta de equilíbrio estético, a pressa e o culto da
improvisação. Candido ainda cita Bernardo Guimarães, Laurindo Rabelo e
Aureliano Lessa como sobreviventes desse período e que nada fizeram de
aproveitável, além de apontar que a idade em vez de melhorar seus defeitos,
provavelmente roubou suas veias literárias, transformando-os em poetas que não
conseguem se separar da inspiração árdega, da escrita atabalhoada, da notação
imediata de uma sensibilidade adolescente. Todavia, acrescenta que essas
características correspondem de certo modo às da cultura brasileira do
romantismo, bem como indica que a atmosfera do tempo fez com que eles
apresentassem isso em alto grau de concentração e, portanto, têm grande valor
para nossa literatura, como expressão da sensibilidade local.
Em seguida, Candido tece comentários sobre Junqueira Freire e aponta a
contradição fundamental de sua obra, afirmando sua ligação com os padrões do
Neoclassicismo. Vale-se das palavras de um dos seus mais competentes biógrafos
(Homero Pires), para justificar o quanto foi o poeta “um dos mais presos à
tradição portuguesa – um lusitanizante”. E conclui lembrando que ele empregou
pouco os metros típicos do Romantismo, manteve quase sempre a cadência
tradicional dos versos setissílabo e decassílabo, usou o verso branco nos
modelos setecentistas, além de encontrar suas melhores soluções na estrofe epódica,
de sabor arcádico.
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