Maria Aparecida da
Costa
Maria do Perpétuo
Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha
da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de
Paula Peres
Thayane de Araújo
Morais
Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de
Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda
Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria
Álvares dos Santos
Érika
Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto
Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças
Oliveira
Joana Leopoldina de
Melo Oliveira
Juliana Fernandes
Ribeiro Dantas
Kalina Naro
Guimarães
Kalina Alessandra
Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de
Melo
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias
Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero
Falleiros
Marcus Vinicius
Mazzari
Maria Aparecida da
Costa [09-04-2016]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 111
: [PDF p. 427 [p. 98]] “O lastro
do real/ O eixo do romance oitocentista
é
pois o respeito inicial pela ”[...]
até a p. 113 :
[PDF p. 433 [p. 100]] 1º§ de Visão do país/[...] “desenvolvimento
da
análise e o confronto do indivíduo com a sociedade .”
O LASTRO DO REAL
Antonio Candido, ao falar sobre o eixo central do
romance oitocentista, destaca como ponto fulcral desse momento literário o
respeito do gênero pela aproximação da realidade social, formulado,
principalmente, na “verossimilhança que [o escritor] procura imprimir na
narrativa” (p. 111), mostrando de certa forma sua intenção ideológica,
científica ou até jornalística.
Segundo o crítico, o que norteou o romance
romântico no Brasil, por exemplo, foi a visão afetiva e ideológica dos
escritores que tentaram, com sucesso ou não, registrar em seus textos a cor
local com o intuito de criar um “nacionalismo literário” (p. 112). O romance
funcionou, pois, na maioria das produções, como material de pesquisa e
descoberta do Brasil. Intencionado em marcar o “ideal romântico-nacionalista de
criar a expressão nova de um país novo, encontra no romance a linguagem mais
eficiente” (p. 112). Destarte, as tentativas literárias oitocentistas no Brasil
serviram mais como apresentadoras da geografia do Brasil do que como material
de qualidade estética, salvo alguns escritores.
Visão do país
Com o espírito de nacionalidade, iniciado no
Romantismo, percebe-se, no Brasil, as primeiras tentativas dos escritores brasileiros
de se desvencilhar das influências portuguesas, com investidas literárias de cunho
mais particular, mais autêntico.
Até o começo do século XIX o Brasil apresentava uma
sociedade escravocrata e rural. Com o advento da burguesia criou-se uma classe
social mais crítica, que permitiu um confronto do
“indivíduo com a sociedade”, mudando assim o formato constituído até então na
sociedade brasileira em formação. O romantismo vem colaborar com isso quando
amplia “largamente a visão da terra e do homem brasileiro” (p. 112), fornecendo
subsídio intelectual para a discussão sobre a formação da identidade social e
literária no país em formação.
Um comentário:
Jackeline Rebouças Oliveira comentou em 12-04-2016 a leitura de Aparecida de 09-04-2016:
A leitura de Aparecida contempla as ideias desse tópico de forma precisa. Considerando o conceito de Antonio Candido sobre o eixo do romance oitocentista, Aparecida destaca que uma das características desse gênero é a aproximação com a realidade social formulada pela verossimilhança. Isso se dá porque os gêneros literários não são normas fixas, eles procuram retratar uma determinada temática de uma época ou de uma dada cultura, e o romance por ter um caráter peculiar e ser o mais universal dos gêneros literários faz isso de forma eficiente. No caso dos romances oitocentistas, os escritores do século XIX buscavam no meio social os elementos necessários para construção de suas obras. O próprio Antonio Candido afirma: “o autor opera sobre a realidade, selecionando e agrupando os seus vários aspectos segundo uma diretriz.” Pelas palavras do crítico, podemos ver que as obras eram organizadas da forma como os escritores viam o mundo, com base na ideologia da época. Seguindo esse viés, Aparecida nos mostra com clareza, que no Brasil os escritores tentaram registrar a cor local com o intuito de criar um nacionalismo literário. De fato, os escritores desse período tinham como foco registrar os acontecimentos da época, não só como forma de exaltar o nacionalismo mas também para preservar a identidade cultural.
Postar um comentário