Marcos Falchero Falleiros
[substituindo Valeska Limeira Azevedo Gomes]
Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Arandi Robson Martins Câmara
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rosiane
Mariano
Rousiêne
Gonçalves
Terezinha
Marta de Paula Peres
Thayane de
Araújo Morais
Marcos Falchero Falleiros [04-10-2014]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 56: [PDF-p. 380] “É inexato, porém,
considerá-lo “romântico arrependido”, à maneira de Alcântara Machado”[...]
até a p. 58:[PDF-p. 382] [...]
”mostrando mais fluência que Magalhães e o seu grupo”.
Antonio Candido completa a figuração que vinha
atribuindo a Gonçalves de Magalhães a qualidade de um rastilho que pensa ser um
cometa e ateia os brandos fogachos-discípulos que iluminam um pouco o deserto
até surgir esplendoroso o fogaréu de Gonçalves Dias em 1846. À produção acanhada
de Magalhães, entretanto, não cabe a pecha de “romântico arrependido”, pois o
Romantismo de primeira hora, dele e de seu grupo, não deixou de buscar decidido
afastamento das normas tradicionais, ainda que sem o estilo apurado para isso.
Maciel Monteiro
Nessa passagem, o foco principal é um autor
secundário do período, Maciel Monteiro, que Silvio Romero, por
meio de um mau silogismo, pretendeu colocar como primeiro poeta romântico
brasileiro, pelo fato de o autor ter estudado em Paris entre 1823 e 1829.
Entretanto, o quase nada que se encontra de sua autoria, apesar dos laivos
pré-românticos, é de um arcadismo fatigado. Talvez a partir daí Maciel tenha
estabelecido ligação com o grupo de Magalhães, mas só depois de ter voltado à
pátria, onde versejou como qualquer árcade.
Na sondagem de sua produção publicada, Antonio
Candido encontra, afinal, como peças românticas, poemas de 1846 a 1853, tempo
posterior ao triunfo da revista Niterói, de Gonçalves Dias, de Álvares de
Azevedo. Tal prioridade, portanto, é uma lenda sem fundamento sobre um poeta
que, saindo do Arcadismo, chegou posteriormente a tonalidades românticas –
elegantes e medidas. É obra de pouca importância, de um poeta superficial
dedicado a galanteios e poemas celebrativos de aniversários de alguma beldade,
mostrando, entretanto, no seu movimento airoso, que acaricia o ouvido e a
sensibilidade, mais fluência que Magalhães e seu grupo.
Um comentário:
Afonso comentou em 18-10-2014 a leitura de Marcos [feita em substituição a Valeska]:
Voltando-se de modo procedente para os dois tópicos principais do segmento em questão, a leitura do Marcos aponta inicialmente para o complemento de caracterização que Candido dedica a Gonçalves de Magalhães – discordando inclusive da designação de “romântico arrependido” –, a despeito de seu talento limitado. No segundo tópico, Marcos enfatiza a observação de Candido em botar os pingos nos is quanto ao nome que introduz o Romantismo entre nós. Reafirma-se a preeminência de Gonçalves de Magalhães contra a opinião de Silvio Romero, que enxergava tal condição em Maciel Monteiro. Em resumo, o comentário reproduz com exatidão o teor do texto de Candido.
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