Afonso Henrique Fávero
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Arandi Robson Martins Câmara
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Thayane de Araújo Morais
Afonso Henrique Fávero [18-10-2014]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 58: [PDF-p. 382] “Renovação nos temas. Voltando a este: o seu
livro de estreia, em 1832, foi saudado”[...]
até a p. 61: [PDF-p. 385+-] [...] ”E este hino, ó meu
Senhor, é o teu nome! (“Deus, e o Homem)”.
Neste segmento, Candido indicará a importância da viagem de Gonçalves
de Magalhães à Europa, experiência a que se deve a transição de poeta árcade
tardio a constituir-se em nosso primeiro romântico. Em contato com os europeus,
percebeu desde logo o quanto os temas românticos seriam adequados para exprimir
a realidade de um país novo como o Brasil.
O avultamento da idéia de espaço que a viagem provoca, associado à
evocação de acontecimentos passados e outras vezes reconstituídos no momento
presente (tudo tão caro não só a Proust, mas a autores como Chateuabriand e
Byron), resulta num mérito particular de Magalhães entre nós, que é refazer a
história numa perspectiva de união estreita entre espaço e tempo, “dimensão
essencial ao espírito romântico”. Para o poeta, o Brasil era o ponto de fuga
desse processo, e advém daí o acentuado sentimento de identificação entre o eu
e a pátria, mais uma característica romântica, além de outras como a religião,
a fantasia e a interlocução com Deus, devidamente exemplificadas com versos do
poeta.
Mutatis mutandis, a propósito da viagem de Magalhães, é difícil deixar
de lembrar a de Oswald de Andrade à Europa, em 1912, quando toma conhecimento
das transformações por que passavam a literatura, a arte e a cultura do
continente, que tanto peso tiveram no movimento modernista aqui no Brasil.
Um comentário:
Medeiros comentou em 23-10-2014 a leitura de Afonso:
Século XIX diversificado, medonho, sobretudo para um país (literário) em
formação: também nesse sentido, o de desejar ser adequado, (in) certa
expressão do Romantismo no Brasil, tateante, subserviente ao modelo
europeu - a adolescência literária nacional à busca de um dia se saber
Nação.
Afonso Henrique Fávero identifica o itinerário de Gonçalves de Magalhães a
Oswald de Andrade, propício à compreensão, nessa circunstância, ao
raciocínio do Mestre Antonio Candido.
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