segunda-feira, 3 de junho de 2013




Joana Leopoldina de Melo Oliveira



Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Arandi Robson Martins Câmara 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira






Joana Leopoldina de Melo Oliveira    [1-6-2013]



Edição: Martins, 1971:
da     p. 303:      “ 4. INDEPENDÊNCIA LITERÁRIA / / No ponto a que chegamos o   
                              Romantismo começa a” [...]
até a p. 305:       [...]  “aproveitamento, como tema, tanto do índio quanto dos
                              primeiros colonos.18


4. INDEPENDÊNCIA LITERÁRIA

Nesse tópico Antonio Candido fala sobre o início do processo de definição de uma literatura independente no Brasil, uma literatura que exprime do seu modo os temas, os problemas e os sentimentos da nação. No país, o marco inicial do nacionalismo literário romântico aconteceu com o grupo de Niterói.


Antonio Candido já antecipa o que será posteriormente comentado dizendo que o Romantismo no Brasil foi um processo de tomada de consciência nacional, ligado ao movimento de independência. Ele imagina que o processo de elaboração dessa nova fase literária foi formulado da seguinte forma: “1) O Brasil tem uma tradição literária própria; 2) há nela elementos próprios que é preciso desenvolver; 3) a consequência será a formação de uma literatura nova, baseada em formas e sentimentos renovados, adequados a um país jovem que se afirmou na libertação política.” Entretanto, as coisas na prática não aconteceram com essa clareza, pois havia ainda defensores do passado e outros defensores de mudanças, mas sem interesse pela autonomia literária.


Por fim, Antonio Candido fala de dois estrangeiros que, a partir de 1826, começaram a perceber a necessidade de uma literatura brasileira que falasse de temas locais. O primeiro foi Almeida Garret, em 1826, que ao traçar um panorama evolutivo da literatura portuguesa, formula a ideia de que os brasileiros deveriam escrever seguindo as sugestões da terra, trocando a mitologia pela realidade local. Já Ferdinand Denis foi além e lançou as bases teóricas do nacionalismo romântico, iniciando modestamente a história da literatura brasileira. Mas, para que essa literatura realmente se constituísse, Ferdinand acreditava que era necessário desenvolver os aspectos nacionais, rejeitando a mitologia greco-latina, que não correspondia à do Novo Mundo, sugerindo, em seu lugar, o aproveitamento do índio como tema.




Um comentário:

Base de Pesquisa Formação da Literatura Brasileira disse...

Juliana Fernandes Ribeiro Dantas comentou em 9-7-2013 a leitura de Joana:
Tratando-se do tópico a respeito de uma literatura independente em nosso país, percebemos que ocorreu uma adequação: a literatura, buscando acompanhar os processos de liberação política, também desejou liberar-se e afirmar-se como literatura local. Como bem pontuou Joana, a entrada das ideias românticas se dá em um momento de tomada de consciência nacional. Pensando no momento em que vivemos atualmente, talvez o gigante que agora “acorda” já tenha despertado também no advento do romantismo, por que não?
Candido irá referir-se também ao grupo Niterói como adequado ao espírito do tempo, no tocante ao nacionalismo romântico, e aqui questiono: qual o espírito de nosso tempo, das nossas novas revoluções? As ideias românticas ainda são válidas para o novo momento de tomada de consciência nacional? Se não, quem toma para si a responsabilidade que os românticos tomaram outrora e representa esse papel novamente no campo literário atual?