sábado, 8 de outubro de 2011

Laís Rocha de Lima



Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andreia Maria Braz da Silva
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Arandi Robson Martins Câmara
Bethânia Lima Silva
Cássia de Fátima Matos
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães




Laís Rocha de Lima [8-10-2011]

Ed. Martins, 1971:
da p. 231: [início do subitem “Livros”] “Vejamos de mais perto a questão dos livros, dos quais” [...]

até a p. 233: [final do subitem “Livros”] [...] “freguês um Saltério hebraico com tradução latina”.



No papel de refúgio à corte portuguesa, o Brasil vivenciava as possibilidades de crescimento econômico com a abertura dos portos - a ilegalidade no fornecimento de livros para a colônia, prática comum, já não tinha razão para existir. Apesar da facilitação do comércio, os preços deles continuavam exorbitantes, impossibilitando grande mudança quanto à aquisição ou à circulação nos primeiros anos da chegada da família real.


Logicamente a situação das livrarias e bibliotecas não seria diferente. Candido exemplifica com a situação das lojas de livros no Rio de Janeiro: uma grande metrópole onde esse comércio se resumia a oito lojas com um pequeno e desatualizado (“‘velhas traduções do inglês e do francês’” de uma testemunha, p. 243) estoque – vendiam livros, mas serviam também de papelaria e bazar.


Quanto às bibliotecas, Candido faz referência às particulares, onde se acredita que chegassem mais livros de empréstimo do que comprados, e às dos conventos (as primeiras a serem criadas no Brasil). A Biblioteca Real do Rio de Janeiro foi aberta ao público apenas em 1814, alcançando sessenta mil exemplares por volta de 1820. Apresentava, porém, um acervo em situação semelhante aos das livrarias: “inatual, pouco variada, e sem ordem, embora confortável a sala de leitura” (p. 244).


Candido afirma a supremacia das obras francesas frente às demais, sem excluir a valorização dos outros autores. Ele conclui o subtópico ‘Livros’ destacando uma notícia de Luccock (p. 245) sobre um leilão de livros: poucas obras, provavelmente, chegaram a mãos brasileiras. Os livros em inglês e latim foram bem vendidos, embora a grande procura fosse pelos livros franceses.

Um comentário:

Base de Pesquisa Formação da Literatura Brasileira disse...

Bethânia Lima Silva comenta, em 2-11-2011, a leitura de Laís, de 8-10-2011:
A abordagem de Laís, referente ao subtópico Livros apresenta como foi ocorrendo a expansão do mercado/comercialização dos livros no país. É interessante observar que as relações de poder sempre foram determinantes para o acesso aos livros; os espaços e as pessoas que tinham e/ou comercializavam livros representavam a política ou a religião (esses eram os “símbolos” de poder e apoderamento na época).
Outro ponto que achei importante e reflexo da situação do país diz respeito à situação das livrarias e bibliotecas em cidades como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Recife e Salvador. Enquanto que no Rio e em Minas existia um avanço e se percebia a ampliação e o acesso aos livros, em Recife e em Salvador a situação era mais restrita - acho que essa diferença entre as regiões ainda é atual no país – o sudeste tendo mais representação em livrarias e bibliotecas, e o nordeste tendo menos espaços que possam contribuir para disseminar a literatura.