sábado, 13 de junho de 2009

Aldinida Medeiros Souza


Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Arandi Robson Martins Câmara
Carmela Carolina Alves de Carvalho
Cássia de Fátima Matos dos Santos
Edlena da Silva Pinheiro
Edônio Alves Nascimento
Eldio Pinto da Silva
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Kalina Naro Guimarães
Ligia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Orlando Brandão Meza Ucella
Peterson Martins
Renan Marques Liparotti
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero











Aldinida Medeiros Souza [13-6-2009]


Editora Martins, 1971:

da p. 105: [final do capítulo II ]"Os críticos não discrepam ao apontar a sua decadência nas obras posteriores a 1768,"...
até p. 111: [primeiras páginas do capítulo III Apogeu da reforma]..."Alvarenga Peixoto: duas odes, o fragmento de um terceira, uma cantata e o famoso "Canto Genetlíaco". "



Antonio Candido comenta a discordância dos críticos em relação ao poema épico de Cláudio Manuel da Costa, alegando sobretudo o esforço do poeta de “se pôr em dia” com a moda, com peças geralmente laudatórias, o que indica a possibilidade de desinteresse do poeta para com a produção lírica. Segundo Candido, esta produção lírica desinteressada pode servir para avaliar a decadência do poeta, observando que mesmo peças reveladas a posteriori ainda são de melhor qualidade que o “erro poético do Vila Rica”.



Os indícios de uma crise espiritual em Cláudio Manuel podem ter surgido em razão da pouca repercussão de sua obra, visto que Silva Alvarenga e Basílio da Gama eram conhecidos e levados em conta na Metrópole. O enfraquecimento poético do poeta teria sido talvez motivado pelo esforço de acertar o passo com os modernos e ganhar a desejada fama. Confiou, então, no sentimento nativista para forçar a admiração dos contemporâneos.



Capítulo III – Apogeu da reforma

1. Uma nova geração



Candido assegura que os ideais neoclássicos só se afirmaram na geração seguinte – Silva Alvarenga, Basílio da Gama, Alvarenga Peixoto e Gonzaga – apontando, seja por um ou por outro aspecto, em cada um destes autores, uma nítida superação do momento inicial de compromisso entre cultismo e novo estilo. Ressaltando aspectos de ritmo e musicalidade de alguns desses poetas, alude-os como traços importantes para completar a expressão da nova sensibilidade, “amaciando”, “colorindo o verso português”, num processo de contrapeso ao estilo regular e lógico do Classicismo.


No segundo parágrafo da página 113 [Ed. Ouro sobre Azul] , as características de plasticidade e modos de expressão da natureza nos poemas de Basílio da Gama e Silva Alvarenga são explicitados; ambos são mineiros, porém, cariocas pelo “sentimento da água, cores [...] e luminosidade do mar”. Gonzaga participa de um universo plástico psíquico mais genérico. Ressaltando onde cada um passou a maior parte de sua vida, Candido diz que não há uma Escola Mineira como grupo, mas o Arcadismo brasileiro encontrou sua mais alta expressão em poetas ligados à capitania das Minas, por nascimento ou por residência.



Alvarenga Peixoto



É mediana a qualidade dos poemas de Alvarenga Peixoto; impossível equipará-lo aos outros poetas mineiros.



Através deste poeta, Antonio Candido enfatiza a utilização que os poetas fizeram do louvor a reis e governantes para, através disso chegar à meditação sobre problemas locais. A homenagem tornava-se pretexto tanto mais seguro quanto o poeta se escudava no homenageado. Isto aconteceu com Cláudio Manuel da Costa, Antonio Cordovil e no que resta de mais vivo de Alvarenga Peixoto: duas odes, o fragmento de uma terceira, uma cantata, e o famoso CANTO GENETLÍACO.

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