sexta-feira, 13 de julho de 2018




Alynne Ketllyn da Silva Morais





Antônio Fernandes de Medeiros Jr 
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres

Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero






Marcos Falchero Falleiros [07-07-2018]

Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p. 211 – no visor p. PDF: p. 520:       [Capítulo V  O TRIUNFO DO ROMANCE]
                                                                 “ 1 NOVAS EXPERIÊNCIAS/ A partir de 1860 a
                                                                 produção novelística se intensifica” [...]
até a p. 213 – no visor p. PDF: p. 521:    [...]“praga nefasta, hoje revigorada pelo rádio.”



Nos anos de 1860, Macedo já estava consagrado e repetitivo, mesmo antes de Memórias de um sargento de milícias, que tinha aparecido nos anos 50, e dos inícios do jovem Alencar (1856). Mas a lição de Macedo foi importante estímulo aos jovens, ao dar prestígio à ficção e à representação da vida burguesa do Rio de Janeiro. Basta lembrar as considerações de Alencar em Como e por que sou romancista e a superação que realizaria em relação à obra do antecessor, do mesmo modo como a seguir Machado faria em relação à sua.

Há portanto uma cadeia de aprimoramento e depuração vinculando às falhas dos anteriores os jovens autores herdeiros,  aprendizes que buscam refinamento dos aspectos frágeis da ficção antecedente, levando a uma segunda fase do romance romântico brasileiro: indianismo, regionalismo, análise psicológica.

Daí, além da perspectiva exótica de Gonçalves Dias, iniciou-se um viés ideológico de racionalização do racismo, da vergonha da mestiçagem em busca de uma consciência da nacionalidade afirmativa, além de corrigir nossa falta de imaginação, como bem prova O guarani.

Quanto ao regionalismo, diferente daquela “literatura sertaneja” posterior (Afonso Arinos, Simões Lopes Neto, Valdomiro Silveira, Coelho Neto, Monteiro Lobato), que, ao transformar o homem em peça exótica, levou à subliteratura e à praga revigorada pelo rádio, os autores românticos, pelo contrário, mesmo os mais inábeis, como Bernardo Guimarães, focaram aspectos humanos, sociais ou individuais, independentemente dos aspectos pitorescos, sem abafar a humanidade da narrativa.




Um comentário:

Base de Pesquisa Formação da Literatura Brasileira disse...

Antônio Fernandes de Medeiros Jr comentou em 19-07-2018 a leitura de Marcos:

A leitura de Marcos Falchero Falleiros do primeiro movimento do capítulo “O triunfo do romance” – ‘Novas experiências’ – realça a distinção feita por Antonio Candido entre as formas esclerosadas, então incipientes, e as formas novas de prosa, doravante conquistas relevantes, na formação da literatura brasileira. Destaca a diversidade de expressão de Regionalismo(s), a depender das fases históricas, mais ou menos “exótica” ou por inserção adequada de “aspectos humanos” significativos. A leitura desse início de capítulo colabora para um tipo de esclarecimento ao leitor acerca desse fenômeno literário específico brasileiro. A partir das ressalvas e valorizações feitas por Antonio Candido, sublinhadas por Marcos, o leitor pode adquirir alento, coisa renovada, para curtir, por exemplo, um conjunto narrativo de escritor mineiro referido nesse fragmento do Formação: o “Pelo sertão”, de Afonso Arinos, de 1898. Texto que integra uma linhagem, de início, regionalista, e adquire valor central de expressão nacional brasileira, com encadeamento de Araripe Jr (“O reino encantado”, 1878), passando pelo vasto Euclides da Cunha (“Os sertões”, 1902), incluindo a expressão de José Lins do Rego (“Pedra bonita”, 1938), estendendo no exuberante Guimarães Rosa (“Grande sertão: veredas”, 1956), e desdobrado no armorial de Ariano Suassuna (“A pedra do reino”, 1971) numa série temática, respeitando-se as singularidades de cada uma narrativa – quem sabe – ainda aberta ao acolhimento literário.