Adriana Vieira de Sena
Afonso Henrique Fávero
Alynne Ketllyn da Silva Morais
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Érika Bezerra Cruz de Macedo
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosiane Mariano
Terezinha Marta de Paula Peres
Adriana Vieira de Sena [02-06-2018]
Edição: Martins, 1971,
VOL.2:
da p. visor p.
PDF: p. 513: “Bruno Seabra é com certeza”
[...]
até a p. visor p.
PDF: p. 515: [...]“a que faz referência em várias estrofes do
canto III.
Bruno Seabra, referido
autor romântico, é trazido à baila por Antonio Candido. O poeta, por meio do
símbolo imagético da flor açucena, tece uma poética, desvelando uma visão
pessoal do flerte amoroso. Assim, externa poeticamente seu interior, sua
individualidade.
Ele inicia seu poema com perguntas, as quais serão respondidas ao longo dos
versos. Estes, por sua vez, são carregados pela emoção, por um eu com “dor de
cotovelo”. Ele investiu seu tempo em uma morena,
porém percebe que era apenas um joguete. Percebe-se, pois, que o eu lírico se sente traído em seus sentimentos, em suas
esperanças. Ao invés de ser correspondido, é desprezado pela morena. A Açucena representa, conforme o eu lírico, um talismã do amor. Ele foi dado
por uma gentil dama.
A morena citada nos versos simboliza a manipulação, a falsificação de
algo que parecia real, de uma mulher sem escrúpulos. Ela é contraposta à figura
daquela que doou a açucena para o eu poético. No entanto, no decorrer do poema,
o que era símbolo de beleza, de solidariedade e compaixão, torna-se motivo de
dor, de tristeza e de decepção.
A mulher morena
representa o descaso com o sentimento alheio. É bonita por fora, mas carrasca
por dentro. Os cinco ais no poema antecipam a dor do eu lírico. No final, este
dá um último conselho à maneira dos provérbios de Salomão:
Ninguém escute a morena,
Ninguém lhe ceda uma flor
Que ela pede uma Açucena
Para matar um amor.
Portanto, Seabra bem soube explorar temas caros ao Romantismo, como o eu confessional e a desilusão amorosa.
Um comentário:
Afonso Henrique Fávero comentou em 23-06-2018 a leitura de Adriana Sena:
O trecho abordado por Adriana Vieira de Sena é essencialmente uma reflexão sobre versos de Breno Seabra e Almeida Braga, poetas da “safra mediana” a compor o panorama dos “menores”. Embora Almeida Braga tenha ficado de fora, as observações de Adriana sobre Breno Seabra são pertinentes ao frisar as características do poema “Açucena, que Candido considera o melhor do autor.
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