Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Paulo Caldas Neto
Peterson Martins
Rosanne Bezerra de
Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Thayane de Araújo Morais
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes
Afonso Henrique Fávero
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Arandi Robson Martins Câmara
Bethânia Lima Silva
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Manoel Freire Rodrigues
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro [23-11-2013]
Edição: Martins, 1971, VOL.2:
da p.19: “Já vimos na Niterói, os
reformadores encararem o índio como” [...]
até a p. 21: [...]”poema equivalente de Machado de
Assis à morte de Gonçalves Dias.”
O Romantismo na sua exploração do índio como elemento de
nacionalidade aproximou-o da imagem do cavaleiro medieval europeu, pois havia a
necessidade de equiparar o comportamento do índio ao do conquistador.
Assim, o indianismo serviu para construir um passado mítico e
um passado histórico para o povo brasileiro, conforme havia acontecido aos
países europeus com a recuperação das imagens medievais. O esforço de autores,
como Gonçalves Dias e José de Alencar, foi de criar um “mundo poético digno do
europeu”.
A temática indianista serviu, portanto, ao Romantismo
brasileiro como uma compensação: não possuindo idade média, os escritores
buscaram construir este período no imaginário americano através do índio.
Tentou-se incorporar as grandes temáticas da literatura universal a uma
tradição brasileira.
A primeira obra a tratar o índio na perspectiva romântica na
literatura brasileira foi Nênia
(1837), de Firmino Rodrigues Silva.
3 comentários:
Marcos comentou em 7-12-2013 a leitura de Marcel:
imperdível já pelo título:
C. Schlichthorst
O Rio de Janeiro como é - 1824-1826 – Uma vez e nunca mais
Ediçoes do Senado
http://www.estantevirtual.com.br/q/Schlichthorst
As considerações sobre o Romantismo brasileiro são muito importantes, pois marcam a questão da exploração temática da formação do elemento nacional (o índio). O índio figura como um elemento que melhor expressa a ideia do Brasil enquanto nação, só que no Romantismo, o índio se fez um mito, um deus que protegia as ações do invasor e explorador das terras. Essa tentativa de reconstruir o passado mítico e o histórico também confundiu o leitor mostrando imagens medievais numa nação que vivia século XIX. O mais importante é que os poetas e escritores da época fizeram arte, criaram uma imagem poética do índio que transformou a história, fundindo os elementos nacionais ao europeu para criar uma tradição literária, o que abriu espaço para se discutir outras temáticas como o urbanismo, o regionalismo e o abolicionismo.
Marcos comentou em 7-12-2013 a leitura de Marcel:
Ler a Formação da Literatura Brasileira, com toda a densidade erudita de sua pesquisa, assusta nossa ignorância quando vemos quanta coisa está afundada em nosso passado. Embora o tom generoso, interessado e divertido de Antonio Candido não seja tétrico, ao vermos os inocentes procurando cavaleiros medievais nos índios brasileiros sentimos como o percurso da história da inoperante humanidade é uma avalanche de equívocos - é o Angelus Novus, quadro de Paul Klee que Benjamin utilizou para figurar a história:
o anjo de costas para o futuro, impelido para ele pela tempestade do progresso, aparece olhando para o passado com os olhos assustados, vendo a catástrofe acumular ruínas sobre ruínas.
7 de dezembro de 2013 10:36
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