sábado, 25 de agosto de 2012


Afonso Henrique Fávero







Andreia Maria Braz da Silva
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Arandi Robson Martins Câmara
Bethânia Lima Silva
Cássia de Fátima Matos
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Maria Valeska Rocha da Silva
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Terezinha Marta de Paula Peres
Valeska Limeira Azevedo Gomes





Afonso Henrique Fávero   [25-8-2012]




Edição: Martins, 1971:
da p. 265:  “Como escritor é fácil e correto, abandonando poucas vezes o tom de serenidade”[...]
até a p. 267:
[...]  “ ‘Éramos dois rapazes, o povo e eu; vínhamos da infância, com todos os arrebatamentos da juventude’ (Braz Cubas).“


São de Evaristo da Veiga os versos que conhecemos:

Já podeis, da Pátria, filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.


(A molecada da época em que eu fazia o antigo ginasial gostava de parodiar: ”Japonês tem cinco filhos...”).


Junto com a música do próprio D. Pedro I, aqueles versos fazem parte do Hino à Independência, ainda hoje lembrado por ocasião do 7 de Setembro. Evaristo da Veiga parece ter algo de um Olavo Bilac avant la lettre, embora sem o talento do parnasiano.


De algum modo, é disso que Antonio Candido dá notícia nas páginas destinadas ao escritor carioca (“excelente jornalista e péssimo poeta”), um dos precursores do Romantismo entre nós. Em outros termos, muito entusiasmo pelo Brasil e poucos recursos para uma literatura de real estofo artístico.


Sua vontade de motivar os jovens escritores na tarefa de construção da pátria jovem é mais forte do que sua capacidade de aquilatar o valor efetivo das obras que comentava na imprensa. O critério de qualidade parecia resumir-se ao tom ufanista delas emanado.


Mas, a despeito da citação machadiana algo irônica com que Antonio Candido finaliza as referências a Evaristo da Veiga, é certo que o considera figura importante naquele momento de renovação intelectual, interessando à história da literatura pela força que imprimiu ao “tema da mocidade”, um dos pilares do “nacionalismo literário”.








2 comentários:

Marcel Matias disse...

O comentário aborda a presença de Evaristo da Veiga no cenário literário brasileiro.

Poeta precursor do Romantismo e estimulador da mocidade.

Aliás, como poeta, foi um ótimo jornalista.

Obteve destaque não pela qualidade de seus versos, mas pelo empenho relacionado à temática do nacional.

A literatura é formada por escritores talentosos e por outros atuantes não tão brilhantes, mas que constroem os pilares para os grandes momentos e para as grandes obras da arte literária.

Base de Pesquisa Formação da Literatura Brasileira disse...

Bethania Lima Silva comentou em 3-9-2012 a leitura de Afonso:

O leitura do Afonso contempla muito bem o que é apresentado por Antonio Candido ao relatar Evaristo da Veiga e a sua atuação - tanto quanto escritor, quanto jornalista.

Ao desejar e manifestar empenho para com a literatura nacional, Evaristo ficou "marcado" pelo seu trabalho de divulgação e valorização dos escritores dedicados ao "nacionalismo". Ainda que tenha sido "um péssimo poeta", eu achei interessante o fato de ele ter assumido, em alguns momentos, o papel de "incentivador" de jovens estudantes. Ao custear os estudos de alguns jovens, ele parece ser capaz de assumir riscos em prol da educação, e ser capaz de compartilhar o saber junto a outras pessoas.