sábado, 30 de junho de 2012


Terezinha Marta de Paula Peres





Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andreia Maria Braz da Silva
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Arandi Robson Martins Câmara
Bethânia Lima Silva
Cássia de Fátima Matos
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eide Justino Costa
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Francisco Roberto Papaterra Limongi Mariutti
Giorgio de Marchis
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Kalina Paiva
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros
Marcela Ribeiro
Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Marcus Vinicius Mazzari
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Mona Lisa Bezerra Teixeira
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves








Terezinha Marta de Paula Peres   [30/06/2012]




Edição: Martins, 1971
Da p 261: “EVARISTO DA VEIGA. Há certos homens cuja força vem da singularidade; outros” [...].
Até a p 262: “Julgamos muito absurdo para ser defendido seriamente”. (AF, 287, 1199).
                                                                                          

Antonio Candido nos mostra como Evaristo da Veiga se destaca por seus atos de patriotismo: homem de vontade e disponibilidade, que se dedicou, de forma acentuada, à Monarquia, por acreditar que por meio dela seria possível garantir a unidade da nação.

Sua capacidade de conciliar o “equilíbrio com a energia”, a “prudência com o desassombro”, o difere dos considerados “hipócritas”, que confundem moderação com indiferença, seja por acomodação, seja por temor de comprometimento. É nesse contexto de heroísmo, de crença e de respeito à nação, que se destacam os que carregam as “qualidades médias, em que a maioria se vê espelhada”.

A moderação ganha terreno em sua luta como qualidade e como tática para garantir a “aplicação correta da constituição”. Daí seu ideal de liberdade a partir da “ordem”, da “unidade” e do “progresso”. Nesse sentido, é possível visualizar sua força pelo carisma, pela dedicação, pela coragem, pelo autocontrole e, afinal, pela “moderação” com que a executa.

Antonio Candido traça o perfil político de Evaristo da Veiga através de seus objetivos: conquistar a liberdade nacional a partir de uma luta sem interesses particulares e assim construir uma pátria. Desse modo, vale ressaltar a postura de Evaristo no universo político, no qual soube enfrentar os desafios sem jamais perder o bom senso que separa os grandes patriotas dos considerados medíocres.

2 comentários:

Base de Pesquisa Formação da Literatura Brasileira disse...

Valeska Rocha da Silva comentou em 13-8-2012 a leitura de Terezinha:

Considerado por Antonio Candido “no fundo, um republicano paralisado” pelo momento histórico, Evaristo da Veiga equilibrou-se na primeira fase da Regência entre a aglutinação, à esquerda, de “grupos de duvidoso aventureirismo, nos quais não cabiam os republicanos e democratas sinceros” e, à direita, de uma “ampla franja de virulentos reacionários”. Em suas atividades como político, orador e jornalista, praticou o afastamento do que ele próprio chamou a doutrina de que “em política deve-se lançar mão de todos os meios para sustentar a causa de um partido”. Evaristo da Veiga teve grande influência entre os moderados, mas também uma longa disputa com os conservadores. As manifestações desse antagonismo partiram de insultos - “mancebo inexperto” e “teorista cru”, em carta enviada por Antonio Carlos de Andrada e Silva e citada por Nabuco em Um estadista no Império – até chegarem ao atentado sofrido por Evaristo em 8 de novembro de 1832, a mando de um correligionário de Jose Bonifácio.

Base de Pesquisa Formação da Literatura Brasileira disse...

Valeska Limeira comentou em 13-8-2012 a leitura de Terezinha:

As referências a Evaristo como herói das virtudes medianas, aos seus
atos de patriotismo, à sua rara capacidade de conciliação, ao
equilibrado imediatismo como virtude num tempo de mudanças, ao apego à
Constituição, à dedicação à Monarquia, à liberdade e à moderação como
alicerces da sua atuação política são evidentes nessa leitura. A essas
referências vale ressaltar o episódio em que aceita a afronta de um
pasquim: "''O verdadeiro Patriota' nos chama a terreiro, e apesar de
não termos fumos de valentão, não recusaremos por agora o duelo." , o
que reafirma a sua conduta e reconhecimento de que "no Brasil era
mister liberdade moderada e na constituição do Estado se achava ela
garantida". E ainda o fato de não hesitar em derrubar o monarca mesmo
quando o governo representativo estivesse em perigo, o que destoa e,
parece, não estar em conforme com a sua moderação.