sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Marcela Ribeiro




Marcel Lúcio Matias Ribeiro
Marcos Falchero Falleiros
Maria Aparecida da Costa Gonçalves Ferreira
Maria do Perpétuo Socorro Guterres de Souza
Massimo Pinna
Peterson Martins
Rochele Kalini
Rosanne Bezerra de Araujo
Rosiane Mariano
Rousiêne Gonçalves
Valeska Limeira Azevedo Gomes

Afonso Henrique Fávero
Andreia Maria Braz da Silva
Andrey Pereira de Oliveira
Antônio Fernandes de Medeiros Jr
Arandi Robson Martins Câmara
Bethânia Lima Silva
Cássia de Fátima Matos
Daniel de Hollanda Cavalcanti Piñeiro
Edlena da Silva Pinheiro
Eldio Pinto da Silva
Elizabete Maria Álvares dos Santos
Jackeline Rebouças Oliveira
Joana Leopoldina de Melo Oliveira
Juliana Fernandes Ribeiro Dantas
Kalina Naro Guimarães
Laís Rocha de Lima
Lígia Mychelle de Melo
Mácio Alves de Medeiros










Marcela Ribeiro [19-11-2011]

Edição: Martins, 1971:

da p. 238: [início do capítulo 2 “A nossa Aufklärung”] “Dentro desses limites acanhados e com todos os seus percalços” [...]

até a p. 240:
[...] “anéis da cadeia não interrompida dos erros do entendimento, e dos crimes do coração humano’.”


Candido deixa posta a coincidência da nossa Época das Luzes com o período da efetiva abertura colonial, o que desembocou nas lutas pela Independência, objetivo máximo e expressão principal dos ilustrados. Assim, o intelectual artista (muitas vezes folclórico) dá lugar ao intelectual pensador, crítico da sociedade colonial e pragmático da independência.


Também sai de cena o intelectual padre ou bacharel, militantes da Coroa Portuguesa, dando espaço para os rapazes que, tendo estudado na Europa, travaram contato com pensamentos filosóficos e progressistas, abrindo os olhos para a função verdadeira de suas inteligências na sociedade (que não deveria ser apenas de salão) e também para a relação desigual entre Metrópole e Colônia.


Com tudo isso, pretendia-se uma repaginação da sociedade brasileira atrasada, ocorrendo então uma união entre a inteligência e os interesses da classe dominante, assim sendo sancionada pela última.


Fervorosamente patriotas, como Candido os nomeia, esses moços estudantes da Filosofia buscavam em terras brasileiras a aplicação dos seus estudos, uma forma de ser útil à sociedade levando a ela as luzes apreendidas no velho continente, dessa forma inserindo o Brasil no mundo intemporal da razão e da ciência.


Candido classificará esse momento decisivo como fora da literatura, sendo esta colocada em segundo plano, quase como perda de tempo, dando espaço para a escrita científica (a oratória, o jornalismo e o ensaio político-social), prova da razão em detrimento da emoção.

Um comentário:

Base de Pesquisa Formação da Literatura Brasileira disse...

Marcel Lúcio Matias Ribeiro Saraiva comenta em 4-12-2011 a leitura de Marcela : O comentário aponta que, na época da luzes, o intelectual adota o perfil de crítico social e assimila posturas progressistas europeias no que se refere à ideia de colônia. Deste modo, a escrita literária fica em segundo plano, estando em evidência a escrita racional da ciência e do jornalismo.Portanto, o intelectual brasileiro busca, primeiramente, intervir no quadro de dependência do país em relação a Portugal.